“Quanto mais abalada, mais difícil de ultrapassar...”

Sem rodeios.

Porque é tão difícil, ultrapassar as barreiras defensivas de uma mulher, depois de um relacionamento falho?

Porque hoje, a quantidade de mulheres desiludidas com relacionamento tomou proporções tão grandes, que sair da solteirice virou roleta russa?

A resposta não é tão simples, até porque, se fosse, estaríamos com metade dos problemas da sociedade resolvidos.

Não, também não estou falando sobre um problema meu. Pode até ter sido, um dia, hoje é apenas análise. Análise também é o que fazemos todos os dias. Sabe aquela pergunta que você faz quando vai dormir, se questionando sobre a vida, sobre o dia, e como você poderia ter feito melhor? Análise. Sabe àquela hora no chuveiro, que você pensa na resposta que poderia ter dado à sua namorada naquela discussão sem pé nem cabeça? Análise. Definir o que é análise é de longe a minha ideia principal quando eu comecei a escrever esse texto.

Um fato interessante sobre mim, é que eu não vou voltar no início desse texto pra regular a minha coerência. Eu já sei de tudo que eu vou falar, na ordem que eu vou falar e como isso está organizado na minha cabeça. Ou seja, a parte que eu não falo do assunto principal termina aqui.

O ponto que eu quero chegar é o seguinte: até quando vamos estragar uns aos outros?

Estamos sendo estragados. É só parar para perceber, o quanto mudamos depois de uma frustração ao lado de alguém. Tornamo-nos pessoas frias, pessoas rancorosas, pessoas desacreditadas. DESACREDITADAS. Nas pessoas, nos sentimentos, na cumplicidade, na fidelidade e na vida a dois. É ruim demais, você estar afim de uma pessoa, querer estar do lado dela, e simplesmente não conseguir. De quem é o erro? Espera aí, erro? Existe algum erro? Existe um culpado? Existe!

Meu recado na verdade é direcionado a vocês, que acham que estar com uma pessoa é somente não assistir ao Faustão no domingo. Cuidado com o que você faz para alguém e isso serve para homem e mulher. Prestem atenção quem está do seu lado, pode ser uma pessoa importante demais para você trocar por uma balada, por uma noite, ou por um beijo falso de uma ex-peguete, ex-namorada, ex-nada. Nesse tempo todo escrevendo esses textos de relacionamentos, já me deparei com muita história foda. Só essa semana com duas, e quer saber? Queria eu ter uma mulher como as duas com quem eu conversei. Sabe quando você ainda vê o brilho nos olhos da pessoa quando fala do cara? Que não para de falar dele, e quando você pergunta como é que tá, a pessoa abre um sorriso involuntário? São desse tipo. Em um dos casos, esse sorriso pode ter sido apagado, ou no mínimo perdido boa parte da intensidade. Por quê? Pelo babaca que não pensou nas conseqüências dos seus atos e que infelizmente, vai fazer o próximo cara enfrentar o processo “Muro de Berlim”. E é desse jeito que funciona. Alguém que eu não me recordo, tinha achado graça do meu diagrama:

Cara Babaca detona mulher legal.

Mulher legal vira mulher babaca.

Mulher babaca detona cara legal.

Caral legal vira cara babaca.

Cara babaca detona mulher legal. (Loop Infinito)

Parece idiota e na verdade é, mas tem conserto.

Agora já não falo mais para os que criaram a barreira, eu falo para os que têm a barreira:

Sabe o que mais me incomoda? É estar com uma pessoa e não entender o comportamento dela. Os “pés atrás” com determinados assuntos. O freio de mão puxado. São coisas que nos impedem de curtir o melhor de um relacionamento, a entrega. Claro, com essa atualidade podre, é difícil se entregar, eu concordo. Sabe o que você faz? Seja seletivo, não saia por aí, achando que esse camarada de olho claro e com um papo legal, será o último da sua vida. Seja demorado, conheça a pessoa que está com você, sem pressa, sem achar que o mundo vai acabar amanhã. Seja curioso, descubra a fundo da pessoa, as qualidades, costumes e principalmente os defeitos, são eles os determinantes do futuro de uma relação. Só não trate a pessoa que está do seu lado, as vezes querendo dar o melhor dela e fica barrado nos seus medos, seu freio e seu rancor. Alguns numa hora dessas vão falar: “Ah, mas os bons mesmo conseguem!”. Balela! São raros os que conseguem fazer isso sem pelo menos tomar muita porrada na lataria tentando descobrir mais sobre a pessoa em questão.

Frases como “Não é você, sou eu”, “No meu relacionamento anterior...”, cansam qualquer ser pensante. Aprendam uma coisa: Seu atual não é seu ex. Falar essas coisas só vai afastar o companheiro. É horrível ouvir isso, além de dar uma sensação de impotência para a pessoa, desestimula o convívio, a continuidade, e você pode estar estragando alguém só pra dar continuidade ao ciclo. Ter conceitos estabelecidos sobre um comportamento numa relação é normal, agora ter medo de se relacionar de novo por causa de uma pessoa que te fez mal, é doença. Caráter muda de pessoa para pessoa, aprendam isso, principalmente se você se relaciona com pessoas de meios diversos, então saiba dividir as coisas.

Enfim, quando eu resolvi escrever esse texto, não quis fazer parecer um texto com início, meio e fim, como mandam as regras de redação, era pra ser um desabafo direto causando a reflexão. Não é pra ser um texto bonito, é só um pensamento. Agradeço a você que leu até o final, e prometo no próximo me empenhar mais na estética e no conteúdo. Até a próxima.

PS.: Esse texto é dedicado à uma pessoa especial.